quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A Lanchonete de 1,25

Nesse segundo semestre começei a estudar Jornalismo, o curso que eu sempre quis, desde o dia em que  que lí uma resvista de games pela primeira vez. Ignorem os erros de português desse texto, tô desmalhando de sono aqui, véi.

No primeiro semestre eu cursava história. Mas a galera lá era meio alternativa demais, as várias idas deles a praça da fumaça (olha o nome dessa porra) fazia com que eu me perguntasse que tipo de professores aquela turma sería, comunistas loucos por Marx, provavelmente. Daqueles professores que tem os  métodos mais inusitados de ensino possíveis, pois os olhos vermelhos e cheiro de birita que os rondavam enquanto estudavam não me deixam dúvidas, eles vão dar aulas com a cara cheia de cachaça e transformarão as crianças em pequenos socialistas. Essa última parte é boa ou ruim? Atpe johe não sei direito.

Pois bem, depois de uns dias completamente perdido e sem nenhum colega pra me fazer companhia no novo Campus, eu arranjei meia dúzia de pessoas, com quem conversar. Chego a cogitar que alguns deles têm uns papos mais bizarros e/ou chatos do que a galera lá de hitstória. 

Como fico lá das 7:10 até 10:30, uma hora eu tenho que deixar de ser pão duro e comprar algo pra comer. O problema é: Estudo na Universidade privada mais conceituada do estado (sou bolsista não vá achando que sou rico, caralho) e logo, as lanchonetes de lá faltam pedir a escritura da sua casa em troca de um café (sabor delícia) e um pão de queijo. Entendo perfeitamente o pensamento ambicioso dos comerciantes de lá, a maioria dos alunos são filhos de pessoas ricas, alguns milionários, falo sério, e essas pessoas têm mais é que se foder mesmo, principalmente quando querem ostentar até no lanche da faculdade. Vai se fuder, brother! 

Em uma bela manhã fui lá matar a fome matinal, escolhi o que queria comer e depois que descobri a facada que era o valor da parada, fiquei sem dinheiro durante toda semana, ou seja, nada de lanche pro trouxão aqui,

Mas em outro belo dia, desbravei um pouco mais o Campus e descobri uma luz no fim do túnel. Quando achava que iría passar quatros anos sem comer no período da manhã, me deparo com uma Lanchonete que vende seus salgados a 1 real e vinte e cinco centavos. Hallelujah!!!! Mas ainda desconfio da procedência dos produtos, pra ser barato assim, a coxinha de lá tem carne de defunto ao invés de carne de frango, certeza.

A fila lá é grande, aparentemente não só os fodidos compram as coisas lá, filhos de papai que querem economizar para a próxima viajem a Londres, também. Além disso o espaço é relativamente agradável, tem umas mesas e vende toda a sorte de coisas, desde pilha, até cigarro ( a galera lá fuma bastante. Serão todos futuros Públicitários, Jornalistas e Advogados fudidos com cancêr no pulmão e ipotência sexual)

É bem legal frequentar o lugar, apesar da música ruim (sertanejo) e de patricinhas e bombados tagarelando sobre suas vidas fáceis, os amigos que tenho por lá são bacanas e distraem enquanto a fila gigante custa a se mover. Sem falar dos dias em que acho moedas extras no bolso e posso me arriscar a comprar um refrigerante ou um salgado extra.